não sou eu quem te observa
nem ninguém pra ser teu olho
se teus olhos vêem névoa
os meus vêem teu vôo
ou se o solo fosse abaixo
quando o pouso é estadia
todo o céu envolto em nada
é lugar e moradia.
que pássaro eterno plana
sobre as cabeças dos que te olham?
que retração ilógica emana
da plumagem que não vemos influir
sobre o vôo e te protege o corpo?
que lugar intuitivo ocupas
quando levantas teu sopro ancestral?
quando declamas o ar orgânico...
quando resolves ocupar o teu reinado...
limitas-te num ser completo
e em tua glória és secreto
tão secreto o teu pedido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário