dois momentos de Jacques Rancière in Políticas da Escrita:
a) "A chave de um texto é, comumente, um corpo. Achar um corpo debaixo de letras, em letras, se chamava exegese, no tempo em que os doutores cristãos reconheciam nas histórias do Antigo Testamento outras tantas figuras do corpo por vir da encarnação do Verbo. Em nossa idade leiga chama-se a isso, habitualmente, de desmistificação ou, pura e simplesmente, de leitura."
b) "(...) o livro da religião, e em particular o da religião cristã, não é a parúsia de nenhum corpo de verdade. O corpo que o realiza é aquele que se apaga entre o abandono da cruz e a descoberta do túmulo vazio."
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